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“Me alimentaram apenas de burrito e água misturada com remédio para trancar o intestino” 2t5s13
Com apenas 19 anos de idade, um mineiro do interior de Minas Gerais estava no segundo voo fretado pela istração Biden com brasileiros deportados. Ele, que será identificado por JS, para evitar represálias ou constrangimento, conversou com a redação do Brazilian Times, com exclusividade, e relatou parte da sua aventura, desde o momento em que decidiu se aventurar na travessia da fronteira do México com os Estados Unidos.
Ele disse que sempre foi um sonho morar nos EUA, assim como milhões de brasileiros, e já teve oportunidades no ado, mas não havia ainda se sentido motivado, principalmente pela tenra idade. “O motivo da minha ida, agora, foi pela necessidade de um trabalho e uma renda que pudesse me ajudar a construir um futuro”, disse ele, ressaltando que a pandemia da covid-19 complicou a vida dos brasileiros.
De acordo com JS, o contrabandista de pessoas cobrou US $14 mil, mas este valor só seria pago depois que ele entrasse nos EUA.
JS relata foram cinco dias do momento em que saiu de sua terra natal até chegar à fronteira. Ele conta que saiu de sua casa em uma terça-feira e seguiu para São Paulo, onde ficou hospedado em um hotel. No dia seguinte foi colocado em um avião com destino à Cidade do México. “Quando cheguei lá, fui levado para um hotel, onde dormi, e no dia seguinte fui, de avião, até Tijuana.”
Quando ele chegou à Tijuana, foi colocado em um táxi e levado para a cidade de Mexicali, onde teve o à fronteira. Mas foi nesta parte da viagem que ele foi preso.
JS lembra que foi preso por dois agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) por volta das 4:00 a.m. do quinto dia de viagem. Ele foi levado, em camburão, até a beira de um rio onde os oficiais aguardaram a chegada de outro veículo para fazer a transferência do mineiro, que foi levado a um centro de detenção na cidade de El Centro, Califórnia.
O mineiro ficou em uma cela com capacidade para 30 pessoas, mas havia mais de 100 detidos no local. “O lugar era climatizado com ar condicionado, mas a situação de conforto não existia em nenhum momento. A maioria dos detidos era brasileira e uma pequena parte cubana. Na minha cela havia cerca de 90 brasileiros e em todo o centro estimo uns 400”, disse.
Quando ele chegou à Tijuana, foi colocado em um táxi e levado para a cidade de Mexicali, onde teve o à fronteira. Mas foi nesta parte da viagem que ele foi preso.
JS lembra que foi preso por dois agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) por volta das 4:00 a.m. do quinto dia de viagem. Ele foi levado, em camburão, até a beira de um rio onde os oficiais aguardaram a chegada de outro veículo para fazer a transferência do mineiro, que foi levado a um centro de detenção na cidade de El Centro, Califórnia.
O mineiro ficou em uma cela com capacidade para 30 pessoas, mas havia mais de 100 detidos no local. “O lugar era climatizado com ar condicionado, mas a situação de conforto não existia em nenhum momento. A maioria dos detidos era brasileira e uma pequena parte cubana. Na minha cela havia cerca de 90 brasileiros e em todo o centro estimo uns 400”, disse.
APRENDIZADO 3p2q2
JS disse que tudo o que ou serviu para que ele amadurece como ser humano e que visse o mundo de maneira diferente. “Pelo fato de o Brasil ser um país rico de recursos minerais, entre outros, penso que isso deveria ser diferente. Nosso país tem condições de fornecer oportunidade para que nós e outros sintamos vontade de ingressar ou ficar nele para trabalhar e obter uma boa renda, e não nós, brasileiros, termos que arriscar a nossa vida em busca de trabalho em outro país. O conselho que eu dou não é para desanimar ninguém que também tem vontade de se arriscar; porém, digo para nunca se esquecerem de pedir a Deus a proteção, pois todos sabemos o quão arriscado se tornou essa travessia. Graças a Deus eu fui e retornei com vida e saúde para os meus familiares e amigos. Entretanto, são muitos os casos de pessoas que vão em busca desse sonho com suas próprias pernas e voltam em um caixão. Um aprendizado que trago pra vida é de que não há dinheiro no mundo que pague estar aqui. Sentir o agir de Deus em sua vida nos momentos de dificuldade e angústia; estar e falar com seus familiares e amigos e estar livre não têm preço”, finalizou. (Fonte: Brazilian Times)